Mobile vs. Desktop: Dados e Insights sobre o Uso de Dispositivos
Com o aumento das vendas de smartphones, tablets e outros dispositivos móveis, a navegação móvel se tornou cada vez mais comum. Atualmente, o uso da internet em dispositivos móveis e desktops é quase equivalente, embora os celulares tenham ultrapassado os desktops em termos de prevalência.
Apesar da popularidade dos dispositivos móveis, muitos sites ainda adotam apenas medidas
básicas para melhorar a experiência e a funcionalidade em smartphones. Embora o
tráfego móvel seja predominante, os desktops ainda não estão fora de
cena. Portanto, é fundamental equilibrar a otimização do site e as
estratégias de marketing digital para ambos os dispositivos.
O Crescimento do Tráfego Mobile nos Últimos Anos
Desde o crescimento acelerado dos smartphones, os dispositivos móveis passaram a
competir com os computadores no quesito preferência de acesso à
internet. Desde então, embora tenha havido algumas variações,
os celulares continuam sendo o principal meio de acesso. De acordo com dados
recentes, 64% das visitas online em todo o mundo vêm de dispositivos
móveis, 35% de desktops e 2% de tablets. Especialistas haviam previsto que a
internet móvel superaria o desktop, e parece que essa previsão se
concretizou.
Como saber por qual dispositivo meu site recebe mais acessos?
Se você ainda não sabe se a sua loja tem mais tráfego vindo de computador ou celular, isso é bem fácil de descobrir pelo Google Analytics 4.
Ao acessar Relatórios > Tecnologia > Visão Geral da Tecnologia no Google Analytics 4, você poderá obter insights importantes sobre o uso de diferentes dispositivos no seu site.
A imagem abaixo exemplifica bem o cenário atual de muitos e-commerces, onde a maioria dos acessos é realizada por dispositivos móveis.
Dados sobre o tráfego MOBILE VS DESKTOP
Para entender melhor como o comportamento dos usuários tem impactado o e-commerce, analisamos dados recentes sobre a origem do tráfego e sua relação com os resultados nas lojas virtuais. Observamos que, o mobile foi responsável por 71% dos pedidos, consolidando-se como o principal canal de acesso e compra para os consumidores online, embora a taxa de conversão não seja superior a do desktop como veremos mais a frente neste artigo.
Os dados mais atuais, referentes ao primeiro trimestre de 2022, reforçam essa tendência. De acordo com a Similarweb e Snaq, o tráfego mobile representou 64,51% dos acessos em comparação com 35,49% no desktop, revelando um aumento significativo no uso de dispositivos móveis. Isso indica uma mudança contínua de preferência, com o mobile dominando cada vez mais o cenário de e-commerce e exigindo uma abordagem centrada na experiência mobile.
Além disso, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o Brasil atingiu a marca de mais de 1 smartphone por habitante, somando mais de 220 milhões de dispositivos ativos. Esse cenário favorece o crescimento do m-commerce, termo usado para descrever o comércio via dispositivos móveis, que se torna cada vez mais relevante com o aumento do número de brasileiros acessando e comprando diretamente pelo celular.
Dados sobre o uso de dispositivo móvel x desktop no Brasil
Os dados mais recentes da StatCounter indicam que o uso de dispositivos móveis segue em ascensão no Brasil. Esse crescimento é impulsionado principalmente pela maior penetração de smartphones e pela oferta de planos de internet mais acessíveis, especialmente nas classes C e D. O uso de tablets, por outro lado, se mantém estável, com uma participação pequena no tráfego digital do país.
O e-commerce também está experimentando um aumento nas compras via dispositivos móveis, com 72,9% das vendas totais sendo realizadas por meio dessas plataformas. Isso significa que todos os sites precisam se adaptar, e as lojas online estão deixando de ganhar muito dinheiro se não conseguirem otimizar suas páginas para celulares.
Não há sinais de que o tráfego móvel esteja diminuindo. Embora seja difícil prever quando isso ocorrerá, os smartphones são claramente uma parte central da navegação na internet hoje e continuarão a dominar, eclipsando outros dispositivos.
Contudo, isso não implica que os computadores desktop se tornarão
obsoletos. Existem algumas funções que os smartphones não
conseguem realizar devido às suas telas menores, processadores menos potentes e controles
baseados em toque.
Quanto tempo os usuários gastam no mobile vs desktop?
O tráfego online é uma coisa, mas o tempo total gasto na tela dos dispositivos
é outra. Além de navegar, as pessoas passam tempo em aplicativos de redes sociais,
jogando ou trabalhando offline. A questão também envolve quanto tempo as pessoas
permanecem em um site de forma consecutiva.
Embora as atenções online tenham diminuído, os usuários de
dispositivos móveis, em particular, gastam 40% menos tempo em um site. Isso
significa que, apesar de o tráfego móvel ser maior, os usuários de desktop
geralmente permanecem mais tempo em um site. A impaciência é mais evidente em
dispositivos móveis: se um site demora para carregar, eles não esperam mais do que
alguns segundos e, mesmo assim, passam menos tempo na navegação.
Com o aumento da competição na internet, é possível que esses números diminuam ainda mais, tornando cada vez mais difícil manter a atenção, especialmente dos usuários móveis.
Em termos de tempo geral de uso dos dispositivos, de acordo com o DataReportal, os americanos passam cerca de 4 horas por dia em seus desktops e 3 horas em seus celulares. Globalmente, o tempo total de tela é de cerca de 7 horas, com 3 horas e 16 minutos dedicados aos telefones. Países como Filipinas, Brasil e Colômbia apresentam os maiores tempos de tela, com 9 a 10 horas por dia, enquanto Japão, Dinamarca e China estão entre os mais baixos, com 4 a 5 horas.
Os usuários tendem a passar sessões mais longas em desktops, o que resulta em mais tempo em um site. Em contrapartida, em dispositivos móveis, as sessões são mais curtas, mas as pessoas pegam o telefone várias vezes ao longo do dia. As pessoas frequentemente usam seus celulares para atividades rápidas, como jogar, navegar nas redes sociais ou fazer uma busca, e depois o deixam de lado por um tempo.
O aumento no tráfego móvel se deve ao fato de que muitas pessoas passam apenas uma hora ou mais sentadas em seus computadores, enquanto os minutos roubados ao longo do dia em seus celulares se somam.
Isso levanta a questão: será que vale a pena investir em mobile, considerando que as pessoas passam menos tempo nesses dispositivos?
Sim, investir em mobile faz sentido, mesmo que os usuários passem menos tempo nesses dispositivos. A praticidade e o acesso constante tornam o celular o meio preferido para ações rápidas e consultas frequentes. As limitações dos dispositivos móveis, como telas menores e controles de toque, tornam algumas tarefas mais complexas, influenciando diretamente o tempo que os usuários passam em um site.
Outro fator importante é a otimização inadequada de muitos sites para dispositivos móveis. Sites que não são projetados para telas menores, com elementos sobrepostos ou botões difíceis de selecionar, afetam negativamente a experiência do usuário. Com uma navegação lenta ou problemas no carregamento de recursos, os usuários tendem a abandonar a navegação devido à falta de funcionalidade e agilidade.
Além disso, o comportamento dos usuários móveis é mais focado e direto, com a busca por respostas rápidas e objetivas. Frequentemente, os usuários estão em situações transitórias, como em um transporte público, na fila de espera ou até no banheiro, o que torna a navegação mais suscetível a interrupções. Esse contexto limita a atenção do usuário e aumenta a expectativa por uma experiência fluida e respostas rápidas. Sites que demoram a carregar ou apresentam navegação confusa podem levar os usuários a abandonar a página antes de concluir uma ação, afetando a taxa de conversão.
Com uma boa otimização para
dispositivos móveis, é possível melhorar a experiência e
reter mais usuários, tornando o mobile não apenas um canal de grande volume de
acesso, mas também uma via eficaz para conversões e interações mais
relevantes.
Métricas sobre pesquisas feitas mobile x desktop
Atualmente, 60% das buscas globais são feitas em dispositivos móveis, e essas pesquisas tendem a ser mais específicas e localizadas. Por exemplo, consultas no mobile normalmente são curtas e focadas em encontrar uma solução rápida, especialmente para necessidades locais. Com o aumento do uso de assistentes de voz em dispositivos móveis, a busca por voz também se destaca, demandando otimização em linguagem natural para capturar mais buscas contextuais feitas por voz.
Diferenças do posicionamento dentro dos buscadores entre dispositivos são comuns: cerca de 40% das palavras-chave do top 20 aparecem em posições diferentes nas SERPs para mobile e desktop. Em aproximadamente 35% dos casos, o domínio classificado em primeiro lugar no desktop não ocupa a mesma posição no mobile. Além disso, 62% dos termos de pesquisa apresentam resultados diferentes dependendo do dispositivo, refletindo uma adaptação dos motores de busca às necessidades específicas de cada plataforma.
Para se adaptar a esse cenário, o ideal é criar chamadas para
ação mais diretas e otimizar processos de conversão para que sejam
rápidos e intuitivos no mobile. Ferramentas como o SEMrush e BrightEdge
permitem analisar a performance específica por dispositivo e ajustar o SEO para capturar melhor a
audiência. Além disso, crie conteúdo otimizado e que esteja de
acordo com a intenção de busca
do seu público alvo.
Visualizações de Vídeo & Mídias Sociais no Celular
Você sabia que uma em cada cinco minutos de todo o tempo gasto em mídia digital é consumido em sites e aplicativos de redes sociais? Isso se alinha aos dados de Smart Insights com Marketing Land, que revelam que 80% da navegação em plataformas sociais acontece através de dispositivos móveis. Esse dado destaca a importância de otimizar seu conteúdo para a experiência mobile, já que a maior parte do público acessa essas redes por celulares.
Além disso, a Comscore aponta que mais de 70% das visualizações no YouTube vêm de dispositivos móveis, o que reforça a necessidade de criar vídeos que sejam não apenas otimizados para telas pequenas, mas também para um consumo rápido e eficaz. A visibilidade de anúncios em vídeo é ainda maior nos dispositivos móveis, alcançando 83%, comparado a apenas 53% em desktops, de acordo com Business2Community. Esse dado enfatiza como os anúncios precisam ser pensados para aproveitar ao máximo a experiência imersiva do mobile, onde o engajamento é naturalmente mais alto.
Nos últimos anos, com a popularização de formatos como Stories, Reels e
TikTok, o vídeo vertical se consolidou como o formato mais eficaz. Esse tipo de
conteúdo totalmente imersivo, que ocupa a tela inteira, se tornou uma tendência
dominante. Portanto, ao produzir conteúdo para essas plataformas, é fundamental
considerar como ele será consumido no celular, garantindo que a experiência seja
fluida e impactante para o público que está sempre em movimento.
Taxa de Rejeição
Como discutido em tópicos anteriores, os usuários tendem a ser mais rápidos nas buscas e navegação pelo celular, o que impacta diretamente a taxa de rejeição. Essa métrica representa a porcentagem de visitantes que deixam um site rapidamente, geralmente em poucos segundos após a entrada. No contexto mobile, isso ocorre com mais frequência, pois o usuário muitas vezes busca resultados rápidos e objetivos, sem paciência para explorar muito o conteúdo.
A principal diferença no comportamento dos usuários no celular é que eles tendem a realizar sessões mais curtas, mas com muito mais frequência. Em momentos de pausa, como ao tomar um café, checar as horas ou navegar em redes sociais, o celular é acessado por muitos minutos ao longo do dia. Mesmo que cada sessão dure pouco, a soma dessas visitas contínuas ao longo do dia pode resultar em horas de navegação. Esse comportamento explica o aumento do tráfego e a duração das sessões originadas de smartphones, já que, ao contrário de sessões mais longas em desktops, os acessos móveis são mais frequentes, mas com um tempo médio por sessão reduzido.
Esses padrões de uso indicam que a otimização de sites para dispositivos móveis deve considerar esses comportamentos rápidos e frequentes, com foco em fornecer informações claras e rápidas para minimizar a taxa de rejeição. Por isso, garantir uma navegação ágil e acessível é essencial para manter os usuários engajados no celular, onde a competição pela atenção é ainda maior.s.
Taxa de Conversão
Pesquisas apontam que a taxa de conversão em dispositivos móveis tende a ser menor quando comparada aos desktops. Embora mais pessoas estejam acessando sites pelo celular, o processo de compra ainda enfrenta barreiras significativas de otimização. Isso pode ser atribuído a diversos fatores, como a dificuldade de navegação, o tempo de carregamento mais longo, e um processo de checkout muitas vezes complexo. Como resultado, muitos consumidores preferem realizar pesquisas e avaliações de produtos no celular, mas concluem as compras em dispositivos de desktop ou por outros canais.
Segundo o Facebook IQ, 46% dos adultos preferem usar o celular para pesquisar produtos antes de comprá-los no desktop. Além disso, 86% dos compradores fazem uso de múltiplos canais durante suas jornadas de compra, como revelado pelo CommerceHub. Isso demonstra que o mobile não é apenas um ponto de acesso inicial, mas também uma parte importante de um processo de compra multicanal, onde a experiência de compra móvel pode ser determinante na decisão de compra final.
Por outro lado, dados do Formstack indicam que, embora o processo de compra ainda enfrente desafios no mobile, as taxas de conversão em smartphones aumentaram 64% em comparação com o desktop, refletindo um aumento na confiança dos consumidores e a adaptação das empresas. A melhoria da experiência de checkout móvel é fundamental para maximizar essas conversões e garantir que os consumidores possam concluir suas compras de maneira rápida e sem fricções.
A conclusão é clara: as empresas precisam focar em uma experiência de compra otimizada para dispositivos móveis, com uma navegação ágil e um processo de checkout simplificado, para que o mobile se torne uma plataforma eficaz não apenas para pesquisa, mas também para a conversão de vendas.
Uso de aplicativos
Além de navegar pelos sites móveis, muitas pessoas optam por realizar compras diretamente por meio de aplicativos, o que tem gerado uma taxa de engajamento superior em comparação aos sites otimizados para dispositivos móveis. Segundo a CleverTop, a taxa de engajamento nos aplicativos móveis é, de fato, maior do que nos sites, com os aplicativos entregando taxas de conversão de 100 a 300% superiores.
Isso pode ser explicado pela experiência mais fluida e otimizada que os aplicativos proporcionam, especialmente no que diz respeito à interface, navegação simplificada e um processo de checkout mais eficiente. Os aplicativos podem otimizar funcionalidades e comandos, permitindo um fluxo de compras mais direto e sem interrupções, algo que pode ser mais difícil de alcançar em sites móveis, que ainda dependem de navegadores.
Por conta desses benefícios, muitos marketplaces de grande porte, como Magalu, Shopee, Mercado Livre e Americanas, investem fortemente em seus aplicativos móveis, oferecendo promoções e descontos exclusivos para quem utiliza essa plataforma, incentivando ainda mais a adoção e a fidelização de usuários nesse canal. Esse cenário mostra a crescente importância dos aplicativos não só como um meio de acesso, mas também como um potente impulsionador de conversões no comércio eletrônico móvel.
Revise a experiência móvel do seu site
Com todos esses dados é impossível negar: otimizar sua loja ou site para uma melhor experiência impacta diretamente os resultados do negócio.
Você já avaliou o caminho que seu cliente faz para fazer uma compra pelo celular? Já sabe dizer se é tão simples quanto no computador? Essa análise mobile vs desktop é indispensável para garantir uma boa experiência em todos os canais.
Checklist de UI para mobile
Confira essa checklist dos pontos mais importantes para avaliar o UX móvel. Ao revisar seu site, considere os seguintes aspectos para identificar as áreas que precisam de melhorias:
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Facilidade de navegação: O site deve ser intuitivo e fácil de navegar. Menus e botões devem estar claramente organizados e ser acessíveis com o toque, sem exigir movimentos complexos. A experiência de navegação deve ser rápida e sem frustrações, especialmente em telas menores.
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Responsividade do site: O layout deve se adaptar automaticamente a diferentes tamanhos de tela e dispositivos. Isso garante que a experiência seja consistente, seja no celular, tablet ou desktop. Teste o site em várias resoluções para garantir que todos os elementos se ajustem corretamente.
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Velocidade de carregamento da página: Um dos fatores mais críticos para o UX móvel. Os usuários de dispositivos móveis esperam que as páginas carreguem rapidamente, com a expectativa de não ultrapassar 3 segundos de tempo de carregamento. Páginas lentas podem aumentar a taxa de rejeição e diminuir as conversões.
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Legibilidade, tamanho do texto e rolagem horizontal: O texto deve ser grande o suficiente para ser lido sem a necessidade de zoom. Evite o uso de rolagem horizontal, que pode ser frustrante em dispositivos móveis. Certifique-se de que a tipografia seja clara e fácil de ler, com contraste suficiente contra o fundo.
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Tamanho dos botões e otimização da UI (Interface de Usuário): Os botões devem ser grandes o suficiente para serem facilmente clicados com o toque. Botões pequenos demais podem causar cliques acidentais ou frustração. Certifique-se de que os campos de formulário também sejam de fácil acesso e não sobrecarreguem a tela.
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Design do site em geral: O design precisa ser limpo, sem sobrecarga de informações ou elementos que possam distrair o usuário. Elementos como imagens, textos e ícones devem ser equilibrados e funcionar bem juntos, sem interferir na legibilidade ou navegação.
Investir nessas melhorias pode transformar a experiência do usuário no celular, reduzindo a taxa de rejeição e aumentando as conversões. Um site mobile eficiente precisa ser rápido, fácil de navegar, e deve permitir uma interação fluida com os recursos do site, como botões e links, sem complicações.
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